sexta-feira, 5 de junho de 2009

LEITURA PASTORAL DA BÍBLIA

Há diferentes maneiras de ler a Bíblia. Para muitos, ela é pouco explorada; para outros, ela tem apenas algumas brechas por onde entrar.

Grande parte das pessoas não encontra ainda a riqueza que a Bíblia contém. No entanto, a Bíblia tem muitas formas de leituras e interpretações, e todos, segundo as suas capacidades, podem fazê-la.

Existem vários métodos de leitura da Bíblia. De acordo com Herculano Alves, da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, há o Método histórico-crítico e o semiótico, também chamado estruturalista, que são os dois mais praticados atualmente. Segundo ele, existem também métodos pastorais de leitura bíblica. Estes tratam de modos, de perspectivas de leitura popular da Bíblia. Os métodos científicos, anteriormente referidos por Herculano, são de investigação bíblica, em sentido estrito, mas os pastorais, longe de prescindir deles, pretendem levar à prática as aquisições destes e conduzir eficazmente a leitura da Bíblia ao povo.

O Centro de Estudos Bíblicos (CEBI) orienta que, para uma leitura pastoral bíblica, tem de se seguir uma linha de interpretação que ligue a Vida e a Bíblia e a Bíblia e a Vida. Muitas comunidades fazem esse trabalho utilizando subsídios fornecidos pelas equipes de Dimensão Bíblico-caquética das arquidioceses. Além dos subsídios, cursos para Animadores de Grupos de círculos bíblicos que forneçam aos líderes comunitários estudo bíblico e conhecimentos básicos, alguns pontos de apoio e pistas para encontrar o verdadeiro sentido dos textos lidos em particular ou em grupo.

Uma comunidade nasce e se fortalece em torno da leitura e interpretação da Bíblia, em suas pastorais, celebrações, trabalho e estudo de grupo, leitura pessoal e comunitária, teatro, orações, recreios. Partindo de suas experiências pessoais e comunitárias em um ambiente de fé e de fraternidade onde a palavra humana circula com liberdade e sem censura, a palavra de Deus gera liberdade.

Um comentário:

  1. "A Palavra de Deus gera liberdade..."
    Renê, seu texto é sintético mas possui um precioso conteúdo.
    Gosto do paralelo entre palavra humana e Palavra de Deus... âmbas em um contexto libertador.
    Que essa Palavra seja vida em nossas vidas!!!
    Abraço, Roberta.

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